Apesar do prazo para realizações de filiações e acomodações partidárias já ter sido finalizado, as brigas e disputas políticas na cidade de Lagoa Seca, no Agreste do estado, parecem mesmo que estão apenas no início.
A última reviravolta no município foi confirmada ontem, quando a executiva estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) realizou uma intervenção na comissão provisória da legenda no município.
O partido, que até sexta-feira passada tinha como presidente Sabrina Lima Lucena, filha do atual prefeito da cidade e aliado do governador Ricardo Coutinho, Edvardo Herculano de Lima (PSDB), agora tem como líder maior o vereador Nilton César (PSB) e Fernando Araújo (Fernando da Farmácia) como membro da executiva.
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A mudança não só pegou de surpresa o prefeito Edvardo, como também seus aliados mais próximos, a exemplo do atual presidente da câmara de vereadores Fábio Ramalho (PSD), que chegou a ser convidado para assumir o partido, mas recusou o convite com medo de perder o mandato.
Com a mudança, ainda está incerto o futuro de cerca de 20 pré-candidatos à vereador – todos ligados ao atual gestor do município – que não tem ligação como novo presidente.
A mudança, de acordo com informações confirmadas por assessores de Nilton César, teria sido arbitrada pelo presidente estadual da legenda, Edvaldo Rosas, que foi procurado pelo blog, no entanto, não atendeu as ligações.
A reviravolta no PSB/Lagoa Seca promete ter desdobramentos na conjuntura política do município. Primeiro, porque Nilton César já se apresenta como pré-candidato a prefeito e confirma o interesse de se aproximar de legendas que fazem oposição ao governo de Ricardo Coutinho como o PMDB, PSC e PT. Essa posição não seria nenhuma surpresa, já que no ano passado, Nilton César não só votou, como fez campanha para o ex-governador José Maranhão.
Outro ponto interessante a ser avaliado é a própria situação do atual prefeito Edvardo Herculano, que chegou a anunciar que iria para o PSB, no entanto, voltou atrás depois que foi convencido pelo senador Cássio Cunha Lima, a permanecer no ninho tucano. A intervenção também pode refletir, diretamente, fraqueza do atual chefe do executivo e/ou falta de diálogo com o governador Ricardo Coutinho.
Blog do Márcio Rangel
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