Na polêmica da permuta dos terrenos, todo o discurso da oposição se baseia no fato de que o governo do Estado está beneficiando o dono do Manaíra Shopping em detrimento do prejuízo do erário estadual em nome de uma “amizade colorida” entre Ricardo Coutinho e Roberto Santiago.
A partir daí, exigem licitações, transparência e mais clareza da operação. Defendem a tese de que o terreno a ser dado pelo governo em Mangabeira vale R$ 70 milhões, como avaliou de forma afobada o presidente do Creci, Rômulo Soares, e que o outro, no Geisel, não passa de R$ 13 milhões.Ignoram o artigo da lei que diz que o governo receberá em dobro a diferença dos terrenos. Recursos estes que seriam usados para construção de equipamentos de segurança no Geisel.É preciso saber se a oposição vai ignorar o documento apresentado hoje na Assembleia Legislativa pelo deputado Adriano Galdino (PSB), comprovando que o governo Maranhão III, por meio da Cehap, avaliou em R$ 4 milhões o terreno da Acadepol.E agora: quem está com a razão? Que moral os deputados do PMDB e o ex-vice-governador Luciano Cartaxo vão ter pra dizer, a partir de agora, que o governo atual vai levar desvantagem na transação se foi o governo deles que declarou em R$ 4 milhões o terreno da Acadepol, ou seja,14 vezes menor que o valor proposto pela oposição?A discussão, no entanto, não deve ficar por aí. A divergência de valores é muito grande. Por que será que o governo Maranhão III fez uma avaliação tão baixa cinco dias antes do segundo turno das eleições?Parece que o alvo mudou de direção. É a oposição que tem que dar respostas
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