O caso de Cássio saiu do campo do “achismo” ou da “simpatia”. É matemático. Há quatro meses ele ganhou do Supremo Tribunal Federal, oficialmente, a legitimação do seu registro de candidato ao Senado, mas continua sem desfrutar do que é seu.
Quando o próprio presidente do STF chega a “confessar” num despacho que Cássio está sendo vítima de dano irreparável é porque ele reconhece, de forma geral, que todo o processo do Ficha Limpa foi conduzido de forma equivocada.
Aplicaram uma lei sem saber ela deveria ser aplicada. Invalidaram-na sem adotar um ritmo célere de reparação.
Para se livrar desses penduricalhos, ou seja, de fatos resolvidos, mas ainda pendentes, o Supremo deveria aplicar um rito sumário. A não ser que tenha entrado num labirinto, ao invalidar a Ficha Limpa, e agora não saiba mais sair dele.
Em seu despacho, o presidente do STF, talvez em nome da boa imagem da casa, só faltou dizer que o Supremo estaria furtando o direito de Cássio em ser senador. Aliás, disse isso.
Vejamos se os demais ministros entenderão o supremo recado.
Luís Tôrres
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