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Revelar o segredo não impressiona ninguém

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Existirá sempre um remanescente... Em todos os lugares e em qualquer época da vida. Ele está ao derredor... Por vezes escondido, arquitetando suas ideias e demarcando a conquista. Para o "remanescente" a convicção é o alicerce da caminhada e, sem dúvida, o pilar que o sustentará no futuro.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Doando hipocrisia e permutando irregularidades.


A ameaça “aqui se faz, aqui se paga” nem sempre acontece num breve espaço de tempo. Algumas vezes, no entanto, a pena é tão próxima ao crime que é impossível o autor e, ao mesmo tempo, vítima esquecer-se da sentença.

Há alguns meses a oposição na Paraíba, capitaneada pelo PSDB do senador Cícero Lucena e pelo PMDB de José Maranhão, se viu diante de um tema pra lá de rentável contra o governo Ricardo Coutinho.

A tal permuta dos terrenos entre o Estado e o dono do Manaíra Shopping, pelo qual o governo receberia um terreno no Geisel com três prédios de segurança construídos e repassaria um terreno em Mangabeira para construção de um shopping.

Pisando em terreno que diziam da moralidade, os oposicionistas falavam em “falta de transparência”, em “prejuízo para o Estado” e “negociata com fins políticos e pecuniários”.

Ontem, o Tribunal de Justiça da Paraíba trouxe a tona uma doação irregular de terreno no final do governo Maranhão III para o filho do senador Cícero Lucena, do qual ninguém sabia, o Estado saiu sem um centavo e os Lucenas se sentiram agraciados pelo apoio à malfada reeleição de Maranhão.


Em suma, uma operação sem transparência, com claros sinais de prejuízos para o Estado e fortes evidências de fins políticos. Tal qual a permuta dos terrenos da Acadepol, tão condenada pela oposição.

Zé Maranhão, Manoel Júnior, Fernando Milanez, Cícero Lucena, Luciano Cartaxo e tantos outros colocaram suas caras na televisão pra dizer do absurdo a Assembleia permitir que o Estado trocasse um terreno de R$ 23 milhões por R$ 9 milhões, segundo avaliação da Caixa Econômica Federal, a que apresentou maior diferença.

No caso reprovado pelo TJ, o filho do senador Cícero Lucena recebeu, gratuitamente, ao que parece, um terreno de dois mil metros quadrados, no valor de quase um milhão de reais, que serviria para construção da LIFESA, responsável pela fabricação de medicamentos, a fim de abrir sua empresa privada de importações e exportações.

Note-se que na operação da permuta da Acadepol, referendada até pelo Ministério Público, o governo Ricardo Coutinho assegurou três equipamentos ao trocar os terrenos, já que a empresa teria que pagar o dobro da diferença para o governo.

Na operação do Maranhão III, o governo doou o terreno como quem presenteia um parente no Natal. E não quis nada em troca, até porque já havia recebido antecipadamente em discursos no palanque e participações em carreatas.

E agora, o que Maranhão, Manoel Júnior, Milanez, Raniery Paulino, Anísio Maia, Luciano Cartaxo, Cícero Lucena, Ruy Carneiro, entre outros, vão dizer sobre isso?

Que foi tudo legal e transparente? Que foi tudo vantajoso para o Estado?

Não podem. Ao afundarem num terreno movediço de discurso político demagogo, eles descobriram que não se permuta o presente pelo passado. Nem a verdade pela mentira.

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