O comando-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro anunciou nessa segunda-feira (12) a expulsão de 13 profissionais da corporação. Motivo: terem feito o que o ex-presidente Lula mais fez na vida. Foi o que acabou de publicar a mídia nacional.
Entre os perseguidos por causa da greve está o cabo Benevenuto Daciolo, tido como um dos líderes dos movimentos, como se ‘greve’ no Brasil fosse algum crime.
Ah, já íamos esquecendo: no regime [da ditadura] militar cruzar os braços por dignidade salarial e melhores condições de trabalho é considerado crime.
Professor pode; gari pode; médico pode. Militar, não. Policial civil pode; agente penitenciário pode; juiz de direito pode. Militar, não. Motorista de ônibus pode; agente fiscal pode; oficial de justiça pode. Militar, não.
É exatamente por essas – e outras – que muitos policiais militares chutam o pau da barraca. Fazem sua greve branca, não seguram o braço em determinadas situações e/ou optam pela corrupção para garantir o que o estado lhe deve (afinal, a turma do Lula e de outros tantos também usa muito disso, não?...).
O fato é que serão 13 pais de família desempregados sem terem roubado ninguém nem matado ninguém. Pelo contrário, queriam apenas reconhecimento profissional para trabalhar cada vez mais pela população.
O recado do governo do Rio foi bem direto, para aqueles que porventura pensem em fazer o mesmo daqui para frente.
Mas o pior dos crimes nessa história toda não é a greve nem a ditadura escancarada que ainda existe no Brasil, e a massa analfabeta brasileira louca por Carnaval, futebol e telenovela nem se dá conta. O pior dos crimes é ver 13 pais de família serem abandonados por mais de 70 mil profissionais que seriam beneficiados, se as reivindicações tivessem sido atendidas.
Aos 13 perseguidos pela ditadura e [pelo menos até agora] abandonados pelos colegas: em nome de quê?
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