A mulher que ajudou o homem contratado para lhe matar a forjar o assassinato em Pindobaçu, no interior da Bahia, também deverá prestar contas à justiça. De acordo com a investigação policial, Iranildes Aguiar de Araújo, conhecida como Lupita, recebeu R$ 240 para forjar a própria morte com o uso de ketchup e será autuada por apropriação indébita.
Em depoimento, ela contou ao delegado Marconi de Lima, que rasgou a própria camisola e colocou a faca na axila para que Carlos Roberto Alves Júnior a amordaçasse e sujasse com ketchup. "Quando Maria Nilza Simões mandou Roberto matar Lupita ele foi contar para a vítima e disse que não faria isso, pois os dois se conhecessem há muito tempo", explica Lima.
Assim, no dia 24 de julho Lupita e Roberto de Bidinha, como Alves é conhecido, foram até um supermercado da cidade e compraram dois frascos de ketchup. De lá eles seguiram para um matagal. Lupita se preparou e, depois da cena pronta, Alves tirou uma foto da vítima supostamente morta para entregar para a mandante.
Maria Nilza, que é autônoma, pagou R$ 1 mil pelo serviço ao ver a foto. Mas dias depois ela viu Lupita viva em um baile na cidade e percebeu que havia sido passada para trás. Ela então comunicou a polícia de que teria sido roubada e a investigação foi iniciada.
Nesta semana os envolvidos prestaram depoimento e contaram a armação. Segundo o delegado, Lupita, que está sendo chamada de mulher do ketchup, tirou o marido de Maria Nilza e, por vingança, a autônoma encomendou a morte da rival.
Como não houve flagrante, os três foram ouvidos e liberados. Mas Carlos Roberto Alves, que já tem passagem por roubo, será autuado por apropriação indébita dos R$ 1 mil pagos pelo serviço que não foi feito e a mandante responderá por ameaça.
* Matéria do Site Terra
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