Gostem ou não, é correto afirmar que o governo Ricardo Coutinho encerrou todas as greves ou focos de greves ensaiados na atual gestão. Seja pela decretação da ilegalidade, seja pela pressão popular. Conseguiu sufocar não por causa da impropriedade das reivindicações salariais exigidas pelas categorias que entraram em conflito.
Mas, e especialmente, por causa do anacronismo dos movimentos.
Está claro que policiais, professores, médicos e demais categorias do funcionalismo público precisam urgentemente de uma reposição salarial. Certo também e que o próprio governador Ricardo Coutinho poderia, ele próprio, ter minado muito dos movimentos na origem.
Mesmo assim a combinação das duas assertivas acima não conseguiu dar aos movimentos grevistas a legitimidade que eles queriam. E quem furtou isso foi o tempo. Se houve intransigência do governo, ficou claro que houve precipitação das categorias. O correto seria pedir algo agora, mas cruzar os braços mesmo apenas lá na frente, quando o pedido não fosse atendido.
À exceção, claro, como já dissemos, dos professores que reivindicam o cumprimento de lei em vigor.
Mas, no geral, governo de cinco meses não pode dar respostas a todos os pedidos de reajuste por mais justos que eles sejam.
É preciso respeitar o “timming”. Entre o debate sobre o endurecimento do governo e a ausência de “timming” das greves, venceu a firmeza do “não”.
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