Vereador de Alagoa Nova e sobrinho são suspeitos de tentar matar homem.
Defesa diz não haver provas e diz que acusação é 'factóide' político.
A delegada Patrícia Pinheiro, responsável pela delegacia do município de Alagoa Nova, no Brejo paraibano, informou nesta quarta-feira (28) que vai indiciar o vereador Matias Antônio de Souza (PSB) por tentativa de homicídio. Ele e o sobrinho foram alvos de dois mandados de prisão temporária expedidos pelo juiz Eronildo José Pereira, por suspeita de participação no esfaqueamento de um homem no dia 18 de março. Conforme a delegada, o sobrevivente afirmou em depoimento que Matias estaria ao lado do sobrinho dando ordens para que ele o matasse. Os depoimentos de outras testemunhas também apontariam o vereador como mandante do crime.
O mandado de prisão contra o vereador foi cumprido na quinta-feira (22) pela Polícia Militar, mas no mesmo a Justiça revogou a prisão a pedido do advogado José Ismael Sobrinho. O segundo suspeito continua detido na cadeia pública de Alagoa Nova. O advogado informou que também entrou com um pedido de liberdade provisória.
O crime teria acontecido na saída de uma festa na zona rural de Alagoa Nova. Segundo José Ismael, não há provas contra seus clientes. "Tanto Matias quando o sobrinho dele foram ao baile, mas existem provas contudentes que Matias saiu cedo e dormiu em casa, enquanto o outro rapaz saiu acompanhado de três pessoas", defendeu.
Apesar de confirmar que o vereador foi esfaqueado pela suposta vítima durante um desentendimento há três anos, ele disse que não há mais rixas entre os dois. Para o advogado, o atentado estaria sendo usado como 'factóide político', uma vez que Matias Souza pretende se candidatar à reeleição. "Como um candidato iria fazer uma atrocidade dessa? Isso foi uma ação política dos adversários", comentou.
Apesar dos argumentos, a delegada Patrícia Pinheiro afirmou ao G1 que deve concluir o inquérito e entregá-lo ao fórum de Alagoa Nova até sexta-feira (30). Segundo ela, os dois suspeitos serão indiciados e caberá à Justiça avaliar qual teria sido a suposta participação de cada um no crime.
O vereador atualmente está foi o segundo candidato mais votado nas últimas eleições municipais e atualmente está licenciado da Câmara exercendo o cargo de secretário de Articulação Política do município. No dia da prisão, o prefeito Kléber Herculano de Moraes (PMDB) falou em defesa do aliado. "Ele é secretário do município, tem residência fixa, não tem antecedentes criminais e tem boa índole. Não vejo motivos para que ele seja preso", declarou.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário