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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mutilação Genital Feminina MGF [Parte 1]

O que é a MGF?
A remoção do clitóris “Mutilação Genital Feminina” e “Circuncisão Feminina” são usadas para se referir ao mesmo fenômeno: a excisão, a clitoridectomia, a infibulação e todas as outras práticas semelhantes. Ela é comum em 28 países da África, além de regiões do Oriente Médio e da Ásia e é feita por parteiras ou por mulheres idosas da comunidade, que utilizam objetos cortantes, como lâminas ou pedaços de vidro. As meninas são submetidas a uma operação sem quaisquer tipos de anestesia e preparação sanitária ou médica, os objetos chegam a ser utilizados por diversas vezes sem que sejam esterilizados.

Na forma mais comum deste procedimento o clitóris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxado para fora e amputado com um corte de um objeto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias. Os praticantes mais "modernos" aplicam um ou dois pontos na zona do clitóris para estancar a hemorragia.

A principal diferença é a gravidade do corte. Usualmente o clitóris é amputado e os pequenos lábios são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
Os tipos I e II correspondem geralmente a 80-85% de toda a MGF.

É a forma mais extrema de mutilação, e consiste na remoção do clitóris e pequenos lábios, juntamente com a superfície interior dos grandes lábios, que são unidos através de pontos ou espinhos/picos sendo as pernas atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 cm de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo).

Se a abertura da infibulação for suficientemente grande, a mulher poderá ter relações sexuais depois da gradual dilatação, que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, tanto tempo como 2 anos. Se a abertura for demasiado pequena, tradicionalmente recorre-se à desfibulação antes de se ter relações sexuais, normalmente efetuada pelo marido ou um parente feminino usando uma faca ou pedaço de vidro. Em quase todos os casos de infibulação, é necessário recorrer a desfibulação durante o parto para permitir a saída do feto e, para tal, é essencial a ajuda de uma parteira pois podem ocorrer complicações para a mãe e/ou o feto.

Tradicionalmente, a re-infibulação é feita após a mulher dar à luz. Tal é feito para criar a ilusão de virgindade, já que uma pequena abertura vaginal é culturalmente entendida como capaz de dar maior prazer ao homem. Devido aos cortes e suturas repetidos, as consequências físicas, sexuais e psicológicas da infibulação são maiores e mais duradouros do que os outros tipos de MGF.
Não é permitido às mulheres falarem sobre esse assunto o que faz com que o seu sofrimento seja silencioso.

Todos os tipos de MGF envolvem remoção ou danificação do normal funcionamento dos genitais externos femininos e pode dar origem a um variado número de complicações físicas como hemorragias, retenção urinária e incontinência, fístulas, infertilidade e infecções (na vagina, reto, bexiga), AIDS (porque os instrumentos utilizados nas operações não são apropriados nem devidamente esterilizados, propagando o vírus por todas aquelas que forem sujeitas à mutilação com os mesmo objetos), hepatite B, tétano, infertilidade, complicações de parto e em último caso, a morte. Dos efeitos psicológicos, alguns incluem ansiedade, terror, humilhação e traição.
Alguns especialistas sugerem que o choque e trauma da “operação” podem contribuir para os comportamentos “mais calmos” e “dóceis”, considerados características positivas em sociedades que praticam MGF sendo mesmo durante o ritual, acompanhada por uma sessão sobre o papel da mulher na sociedade.

Em muitas culturas desde os países de Africa a Ásia, acreditam que a mutilação genital feminina está certa, os pais, mas mais propriamente a mãe e a avó tem voto na matéria, elas acreditam que se a jovem não for "cortada" nunca irá arranjar um marido, isso é a pior coisa que pode acontecer a uma jovem; tal jovem ter se sujeitado à MGF é uma condição prévia do casamento. Se uma mulher não for mutilada pensa-se que ela não é pura e encaram-nas como prostitutas e são excluídas da sua própria sociedade. Algumas razões que são apontadas para a realização da MGF: assegurar a castidade da mulher, assegurar a preservação da virgindade até ao casamento, por razões de higiene, estéticas ou de saúde, também se pensa que uma mulher não circuncidada não será capaz de dar à luz, ou que o contato com o clitóris é fatal ao bebê, e ainda, que melhora a fertilidade da mulher.

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