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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

As duas caras de Vitalzinho

É inegável que o senador Vital do Rego Filho, presidente da Comissão Mista de Finanças e Orçamento do Congresso Nacional e corregedor-geral do Senado, tenha conquistado espaços importantes no cenário político nacional.

Talvez isso mesmo tenha distanciado o senador do Vitalzinho do Vitalzinho da Paraíba. É uma pena que o que faz sucesso em Brasília não seja o mesmo que atua em nosso Estado. Ou vice-versa. O fenômeno da dupla personalidade ataca também o nosso deputado federal Manoel Júnior.

Mas fiquemos com Vitalzinho que ontem, em pleno Jornal Nacional, defendeu o governo Dilma ao justificar o corte no Orçamento de 2012 para o poder Judiciário, o que causou forte reação dos ministros do STF.

“Nem sempre querer é poder. Temos que aumentar receita pra aumentar despesas”, disse Vitalzinho, do alto de uma sensatez típica dos políticos responsáveis. Mas muito diferente do Vitalzinho que aqui na Paraíba considerou um absurdo a redução do duodécimo para os poderes anunciado pelo governo Ricardo Coutinho. Chegou a subir na tribuna do Senado pra tratar disso.

O Vitalzinho daqui soltou release se solidarizando com os poderes e criticando o governo Ricardo Coutinho por mexer no que é dos outros. A mesma tese, inclusive, do STF contra Dilma. O Vitalzinho de lá pediu cautela ao Poder Judiciário para que o governo Dilma pudesse ajustar suas receitas.

Essa não foi um fato isolado. O Vitalzinho daqui reclamou pelo corte de salários dos servidores do governo estadual. O Vitalzinho de lá votou pela menor proposta do Salário Mínimo em discussão no Congresso.

O Vitalzinho daqui pediu investigações sobre o caso do Feijão envolvendo o governador Ricardo Coutinho. O Vitalzinho de lá não chegou nem perto da lista de assinaturas da CPI da Corrupção para investigar eventuais escândalos no governo Dilma.

Em suma, a duplicidade de ação é tão comum que chegou a pensar que, além de Veneziano, o senador Vitalzinho tem um irmão gêmeos. Um deles, com certeza, disfarça obstinadamente. Sem levar em consideração que num mundo em que as comunicações dão acesso rápido e fácil às informações não se pode ter duas vidas sem ser desmascarado.

O eleitor está cansado do político de vários discursos sobre o mesmo tema ao mesmo tempo. É aceitável até que um político mude de ideia com o passar dos anos. Mas, simultaneamente, ter posições diferentes pra mesma coisa é deboche.

Como se diz: Você pode enganar muita gente por pouco tempo. Ou pouca gente por muito tempo. Mas nunca vai enganar todo mundo por todo o tempo.

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